A autoimagem é a percepção que temos do nosso próprio corpo e pode influenciar profundamente nossa autoestima e bem-estar emocional. Em uma sociedade cada vez mais influenciada pelas redes sociais e pelos padrões de beleza muitas vezes inatingíveis, a insatisfação com o próprio corpo se tornou um fenômeno comum, levando muitas pessoas a buscar procedimentos estéticos como uma solução.
A mais recente pesquisa global da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, em inglês) demonstra aumento significativo em cirurgias estéticas em todo o mundo. Os procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos tiveram um aumento total de 19,3% nos procedimentos realizados por cirurgiões plásticos em 2021.
Os EUA lideraram a maioria dos procedimentos em todo o mundo (24,1% do total), seguidos pelo Brasil (8,9%) e pelo Japão (5,7%). Estima-se que os EUA e o Brasil tenham o maior número de cirurgiões plásticos, com mais de 30% do total mundial. Logo após vêm os países asiáticos, com a China em terceiro lugar, o Japão em quarto lugar, e a Coreia do Sul em quinto lugar.
A Lipoaspiração foi o procedimento cirúrgico estético mais comum em 2021, com mais de 1,9 milhão de procedimentos e um aumento de 24,8%, ultrapassando o aumento mamário. Os cinco procedimentos cirúrgicos mais populares continuam sendo a Lipoaspiração, o aumento dos seios, a cirurgia de pálpebras, a Rinoplastia e a Abdominoplastia. Os cinco principais procedimentos não cirúrgicos são a toxina botulínica, o ácido hialurônico, a depilação, o Lifting facial e a redução de gordura.
O que é Autoimagem?
Autoimagem é a maneira como enxergamos nosso próprio corpo, incluindo nossa aparência física e como acreditamos que os outros nos veem. Ela é formada a partir de experiências pessoais, influências culturais, e comparações com padrões de beleza promovidos pela mídia.
A Insatisfação Corporal
A insatisfação corporal ocorre quando há uma discrepância significativa entre a autoimagem e o corpo idealizado. Esse descontentamento pode afetar homens e mulheres de todas as idades e é frequentemente exacerbado por Redes Sociais com constante exposição a imagens editadas e filtradas pode distorcer a percepção do que é uma aparência “normal” ou “desejável”.
Além disso, padrões de beleza culturais, pois ideais de beleza variam culturalmente, mas muitas vezes promovem características específicas que nem todos conseguem atingir naturalmente. Junto a isso existe também a pressão social, comentários de familiares, amigos, e até desconhecidos podem reforçar a insatisfação com a própria aparência.
Procedimentos Estéticos é a solução?
A busca por procedimentos estéticos pode ser uma tentativa de alinhar a autoimagem com o corpo idealizado. Enquanto algumas intervenções podem trazer melhorias na autoestima e satisfação pessoal, é importante considerar alguns pontos, como ter expectativas realistas. É crucial ter expectativas realistas sobre o resultado dos procedimentos estéticos. Mudanças físicas não garantem automaticamente uma melhora na autoimagem ou na autoestima.
Avaliar as razões para querer realizar um procedimento estético é fundamental. Motivações baseadas em pressão externa ou baixa autoestima podem não resultar na satisfação desejada. Como qualquer intervenção médica, procedimentos estéticos carregam riscos. É essencial discutir os possíveis benefícios e complicações com um profissional qualificado.
Terapias psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), podem ser eficazes para tratar a insatisfação corporal, ajudando a reformular a autoimagem e melhorar a autoestima sem intervenções físicas.
Promovendo uma Autoimagem Saudável
Promover uma autoimagem saudável é um processo contínuo que envolve autoconhecimento e autoaceitação. Algumas estratégias incluem entender que a maioria das imagens nas redes sociais são editadas pode ajudar a reduzir comparações irreais.
Envolver-se em atividades que promovam o bem-estar físico e emocional, como exercícios regulares e alimentação saudável. Além disso, buscar ajuda de psicólogos ou terapeutas especializados pode ser benéfico para lidar com a insatisfação corporal e construir uma autoimagem positiva.
Quando a decisão por realizar esses ou outros procedimentos é tomada de forma responsável, com as expectativas condizentes com a realidade e com consciência dos riscos inerentes a toda intervenção, o resultado pode trazer benefícios para a qualidade de vida e para a autoestima dos pacientes.
A insatisfação com o próprio corpo é um desafio comum na sociedade moderna, influenciado por vários fatores culturais e sociais. Enquanto os procedimentos estéticos podem ser uma opção para alguns, é importante abordá-los com expectativas realistas e considerar alternativas que promovam uma autoimagem saudável. O caminho para a autoaceitação e uma percepção corporal positiva começa com a educação, a autocompaixão e, quando necessário, o apoio profissional.