Tem vontade de fazer algum procedimento de cirurgia plástica, mas tem medo? Quer saber sobre os possíveis riscos?
Assim como em todas as cirurgias, a cirurgia plástica apresenta riscos, porém, com o desenvolvimento das técnicas, aperfeiçoamento dos materiais, profissional habilitado, local adequado entre outros fatores, os riscos são minimizados e a cirurgia se torna segura.
Neste artigo será abordado tudo sobre os principais riscos de uma cirurgia plástica como, hematomas, ruptura de pontos, infecção e seroma.
Hematomas
O hematoma é uma das principais complicações associadas às cirurgias plásticas. Consiste no surgimento de manchas arroxeadas na pele próximo à região manipulada devido ao extravasamento de sangue no local por ruptura de alguns vasos. Embora seja comum, não é grave.
Com o decorrer dos dias, o hematoma tende a ir alterando de cor, o que corresponde ao próprio processo de cura e, em geral, desaparece por completo em até 2 semanas. Não precisam de tratamento, pois apresentam um curso autolimitado. Entretanto, alguns cuidados podem ser feitos com o objetivo de acelerar a recuperação do tecido como por exemplo, compressa quente e algumas pomadas orientadas pelo seu médico.
Ruptura dos pontos
A ruptura de pontos, geralmente, ocorre quando o paciente não cumpre um dos requisitos do pós-operatório (repouso) e faz movimentos excessivos ou com força. Essa ruptura causa separação das bordas da incisão cirúrgica e predispõe a infecção, pois se torna uma região aberta propícia à entrada de sujidade e microorganismos.
Má cicatrização
A má cicatrização pode ocorrer devido a fatores intrínsecos ou extrínsecos, e pode levar a cicatrizes com deformações como as queloides e cicatrizes hipertróficas.
Os principais fatores intrínsecos relacionados são: profundidade da lesão, tipo de tecido lesado, falta de oxigenação, corpo estranho, localização da lesão, tensão na ferida, entre outros. Já os extrínsecos são considerados como: idade, estado nutricional, uso de substâncias ilícitas ou álcool, doenças crônicas, uso de medicamentos, etc.
Já referente às queloides e cicatrizes hipertróficas há algumas diferenças entre elas. As cicatrizes hipertróficas são mais comuns, respondem melhor ao tratamento e respeitam os limites da cicatriz, enquanto que as queloides são menos comuns, não mudam muito com o tratamento e ultrapassam os limites da cicatriz.
Infecção, sepse e necrose
A infecção é uma complicação relativamente comum, pois durante os procedimentos é feita uma incisão na pele, fazendo com que o meio interno (estéril) entre em contato com microorganismos presentes no meio externo, possibilitando a entrada destes e, portanto, uma contaminação. Por isso, quanto mais limpo e higienizado for o ambiente e o procedimento, os riscos de infecção e suas respectivas complicações são minimizados.
Após a cirurgia, os pacientes são orientados quanto aos possíveis sinais e sintomas que podem surgir e que sugerem infecção como, edema, calor, vermelhidão, dor, odor fétido e saída de secreção purulenta. Quando houver esses sinais, o paciente deve buscar ajuda para fazer o tratamento adequado com antibioticoterapia, drenagem se necessário e cuidados gerais, evitando assim, sua progressão para um quadro mais grave. Entretanto, quando não tratada ou não tratada da forma adequada, a infecção local pode se disseminar pela corrente sanguínea, se tornando sistêmica, ou seja, evolução para sepse.
Por fim, pode ocorrer uma outra complicação bem menos comum, que é a necrose local, e ocorre devido a morte celular do local infectado.
Risco anestésico
Os riscos de uma anestesia podem variar desde efeitos colaterais mais comuns até casos graves que requerem uma intervenção mais agressiva, porém a maioria é mais sutil e temporário. Além disso, os riscos podem ser distintos de acordo com o tipo de anestesia. Assim, assumindo todos os tipos de anestesia, os possíveis riscos são:
- Enjoo e vômitos;
- Dor de cabeça;
- Boca seca;
- Dor de garganta e rouquidão;
- Tosse;
- Tontura;
- Reação alérgica ao anestésico;
- Arritmias cardíacas;
- Hipotensão;
- Parada cardiorrespiratória;
- Sequelas neurológicas;
- Delirium;
- Paraplegia;
- Hipertermia maligna;
Entre outros.
Seroma
O seroma é uma outra complicação decorrente das cirurgias. Consiste no acúmulo de líquido abaixo da pele, e em geral, próximo da cicatriz cirúrgica.
Os sinais de seroma costumam surgir, principalmente, em um período crítico de até 15 dias após o procedimento e podem ser evidenciados através do abaulamento da região com saída de líquido claro ou transparente. Além disso, pode haver sinais de inflamação associados também como, dor, rubor, edema e calor.
Algumas orientações são dadas para prevenir e evitar a formação do seroma como, uso de cintas compressivas (auxiliam na aderência entre os tecidos e uma melhor cicatrização), drenagem linfática, higienização adequada da cicatriz cirúrgica, evitar esforço físico, entre outros. O uso de drenos no pós-cirúrgico também pode auxiliar na eliminação do líquido causador do seroma.
Trombose venosa profunda e Tromboembolismo pulmonar
A trombose venosa profunda é uma complicação pouco frequente, mas que pode causar grande morbidade. Em geral, após o procedimento, algumas orientações são fornecidas e devem ser seguidas durante o pós-operatório, sendo o repouso uma delas. Entretanto, o repouso deve ser relativo e não absoluto, visto que quando este último é realizado por muito tempo pode predispor ao acúmulo de sangue e formação de coágulos, principalmente nas pernas, que causam obstrução da veia e, portanto, trombose venosa profunda.
Sendo assim, além da dica de repouso relativo, orienta-se também que sejam feitas movimentação dos pés no leito, deambulação precoce, meias elásticas e de compressão graduada, para que haja uma circulação adequada, sem grandes repercussões no pós-operatório.
Entretanto, durante as primeiras 24 horas, em que o repouso é mais crítico, o médico pode prescrever, a depender do caso, um anticoagulante (ex.: heparina), que auxilia no processo de evitar e diminuir o risco de formação de coágulos, porém esse é mais utilizado em pacientes que apresentam um risco mais elevado.
Alguns fatores de risco podem predispor a formação de coágulos com maior facilidade como obesidade (IMC > 30); diabetes; idade > 60 anos; tabagismo; varizes; história prévia de trombose venosa profunda; história familiar de trombose venosa profunda; repouso absoluto e imobilização; uso de anticoncepcionais; neoplasias; gravidez; fatores genéticos; entre outros.
Os sinais e sintomas característicos de trombose venosa profunda que devem servir de alerta para a procura médica são: edema em membros inferiores, rubor, dor e calor, principalmente.
Se não tratado de forma adequada, o trombo formado no membro inferior, pode se desprender, se tornar um êmbolo, e através da corrente sanguínea, atingir os pulmões e obstruir algum vaso, causando o tromboembolismo pulmonar.
As cirurgias plásticas podem trazer benefícios significativos para a autoestima e qualidade de vida das pacientes, entretanto é imprescindível conhecer os riscos de qualquer procedimento. Essas cirurgias vão além da estética, proporcionando melhorias tanto mantais quanto físicas. Se você está sofrendo desconforto físico ou emocional devido alguma característica do seu corpo essa pode ser uma opção transformadora em direção ao bem-estar e à confiança.
Neste artigo, foi abordado sobre as principais informações comuns sobre os riscos relacionados a uma cirurgia plástica, porém cada caso precisa de um olhar individual. Por isso, é necessário o agendamento de uma consulta individualizada e especializada com o cirurgião plástico que será responsável pela sua cirurgia. Nossa equipe de cirurgia plástica está comprometida em fornecer cuidados de alta qualidade e resultados especializados.