Entenda mais sobre Gigantomastia

Autor: Dr. Vitor Nunes, 12/09/2022

A imagem corporal é um conceito complexo que engloba características físicas e psicológicas relacionadas à aparência e às normas sociais. Ter uma imagem corporal positiva está associada a relacionamentos e sexualidade mais satisfatórios, melhoria do bem-estar, e melhor qualidade de vida.

Muitas vezes, o excesso de mamas é um problema grave que afeta o dia a dia das mulheres e homens e, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), estudos comprovam que, após os 35 anos, as pacientes podem até desenvolver sérios problemas na coluna.

Nesse contexto, a Gigantomastia entra como um dos assuntos importantes no mundo da cirurgia plástica. Leia o artigo abaixo e saiba mais sobre o assunto.

O que é Gigantomastia?

O que é Gigantomastia?

O termo Gigantomastia é utilizado para definir as hipertrofias mamárias gigantes, que se classificam como aumento excessivo no volume das mamas.

Quando a Gigantomastia ocorre?

A Gigantomastia pode ocorrer na puberdade, durante a gestação e ao longo da vida pelo aumento de peso. Além disso, pode ser causada por aspectos hereditários, ou seja, a mulher herda de sua família genes que determinam que seus seios serão grandes. Assim, durante a puberdade, esses genes apenas se manifestam, gerando o problema.

Junto a isso, a existência de distúrbios glandulares e hormonais, obesidade, diabetes ou menopausa precoce também são fatores que levam a esse problema.

Quando a mama é considerada gigante?

Não existe um tamanho exato a partir do qual os médicos consideram uma mama gigante. Afinal, além de não haver um volume ideal, os seios variam de acordo com o biotipo de cada pessoa, relacionando-se com a altura, largura do tronco dentre outras características.

Portanto, a Gigantomastia acontece quando o seio é tão grande que se torna desproporcional em relação ao corpo, apresentando um volume excessivo. Em alguns casos, a mama pode ter 2,5 kg ou mais. Em outras mulheres, é preciso tirar mais de 1 kg ou 1,5 kg só de tecido mamário no momento da cirurgia, fora a gordura.

Quais sintomas estão presentes quando há Gigantomastia?

Quais sintomas estão presentes quando há Gigantomastia?

Os sintomas presentes quando há excesso no volume das mamas incluem dores nas mamas -mastalgia, inflamação e infecção nos seios, dores nas costas e cervical – dorsalgia e cervicalgia, problemas na postura e perda na sensibilidade das aréolas. Dessa forma, a dor nas costas é um dos primeiros sinais de quem tem Gigantomastia, com efeito, a postura é prejudicada.

Como é feita a cirurgia plástica para correção da Gigantomastia?

Atualmente, a Mamoplastia redutora é uma das cirurgias de destaque dentro do contexto da plástica no Brasil. O motivo pela procura ao médico, em geral, se deve tanto a questões estéticas como de saúde, visto que há desconforto causado pelo peso excessivo das mamas, que podem gerar dor nas costas, machucados nos ombros e baixa autoestima. Entretanto, a busca por esse procedimento traz consigo inúmeras dúvidas e questionamentos acerca do ato operatório e seus resultados, e consequências.

Nesse contexto, a cirurgia plástica de escolha para a Gigantomastia é a mamoplastia redutora. Consiste na remoção do excesso de gordura, de tecido glandular e de pele com o objetivo de atingir um resultado onde o novo tamanho da mama seja proporcional ao corpo da paciente, aliviando suas angústias e desconforto causado pela mama grande.

Assim, a mamoplastia redutora proporciona um alívio da dor e das limitações causadas pela mama grande, seja essa emocional ou física e assim, pode garantir uma nova visão de seu próprio corpo, melhorando a sua segurança e autoestima.

A mamoplastia redutora é um procedimento individualizado, sendo necessária uma avaliação para melhores perspectivas e com os novos programas é possível ter ideia da mamoplastia redutora antes e depois. Sendo assim, pode ser indicada, principalmente quando já houve o desenvolvimento completo das mamas e se houver insatisfação com a sensação de mama grande; limitação de atividades do cotidiano; dor nas costas, pescoço e ombro desencadeadas pelo peso excessivo das mamas; depressão e fissuras nos ombros causadas pelas alças do sutiã; assaduras e irritação da pele na região do sulco inframamário; e baixa autoestima com o próprio

Preparação e planejamento pré-operatório da Gigantomastia

Durante a consulta voltada para a cirurgia de mamoplastia redutora, cada detalhe será discutido em conjunto com a paciente, para que o resultado como um todo seja o mais apropriado baseado no seu corpo, no seu desejo e na experiência médica.

Além disso, atualmente, a tecnologia está a nosso favor e a existência de programas de realidade virtual nos permite simular a mamoplastia redutora antes e depois, para que assim você se sinta mais confortável e segura ao prever o resultado e juntos chegar ao mais satisfatório possível.

Toda cirurgia carece de cuidados gerais que devem ser tomados previamente e há outros que são específicos a depender da cirurgia, como no caso da mamoplastia redutora. Podem ser citados realização de avaliação médica individualizada com exame físico e registro dos dados; avaliação da condição médica atual, como estado geral da saúde e comorbidades; avaliação de alergia medicamentosa e passado médico, incluindo cirurgias prévias; explicação dos cuidados pré-operatórios; detalhamento de todo o procedimento e seus riscos; esclarecimento de dúvidas; realização de exames laboratoriais; ajuste de dose de determinados medicamentos em uso; evitar ou interromper o uso de aspirina e anti-inflamatórios; realização de mamografia antes e após cirurgia.

Cuidados pós-operatórios da Mamoplastia Redutora

A Gigantomastia é uma condição caracterizada pelo crescimento excessivo das mamas, o que pode levar a desconforto físico e psicológico. A cirurgia de redução mamária é uma solução eficaz para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. No entanto, os cuidados no pós-operatório são cruciais para garantir uma recuperação tranquila e sem complicações.

Os curativos aplicados após a cirurgia devem ser mantidos limpos e secos. Siga as orientações do seu cirurgião sobre quando e como trocar os curativos. É importante usar o sutiã cirúrgico conforme indicado pelo seu médico, geralmente por algumas semanas. Ele ajuda a reduzir o inchaço e oferece suporte adequado às mamas durante a cicatrização. Abaixo estão algumas orientações:

  • Utilize os medicamentos prescritos pelo seu médico para controlar a dor e o inchaço. Evite medicamentos não recomendados, como aspirina, que podem aumentar o risco de sangramento. Caso seu cirurgião tenha prescrito antibióticos, siga a dosagem corretamente para prevenir infecções.
  • Nos primeiros dias após a cirurgia, evite molhar os curativos. Seu médico poderá orientar sobre o momento seguro para tomar banho completo e como proteger a área operada.
  • Limpe as incisões com soluções recomendadas e evite aplicar cremes ou loções na área, a menos que seu cirurgião tenha indicado.
  • Descanse bastante nos primeiros dias, evitando qualquer atividade física extenuante.
  • Movimentar-se suavemente é importante para evitar complicações como coágulos sanguíneos.
  • Caminhadas leves são recomendadas. Evite levantar pesos, exercícios intensos e movimentos que exijam esforço dos braços e tórax por pelo menos 4 a 6 semanas.
  • Compareça a todas as consultas de seguimento para que o seu médico possa monitorar a sua recuperação e identificar qualquer complicação precocemente. Informe imediatamente ao seu cirurgião se notar sinais de infecção (vermelhidão, calor, secreção) ou qualquer outra anormalidade.
  • Mantenha uma dieta equilibrada rica em proteínas, vitaminas e minerais para promover a cicatrização.
  • Beba bastante água para manter-se hidratada, o que é essencial para a recuperação.

Seguir essas orientações é fundamental para uma recuperação bem-sucedida após a cirurgia de gigantomastia. Lembre-se de sempre consultar o seu médico em caso de dúvidas ou preocupações durante o período de recuperação.

Quais são as cicatrizes da Gigantomastia?

Os tipos de cicatrizes possíveis são questões que trazem bastante insegurança e agonia para as pacientes. Por isso, a importância de se esclarecer quais são as possibilidades, evidenciando as vantagens e desvantagens de cada uma, para a ciência da paciente.

O principal elemento na determinação da extensão da cicatriz é a quantidade de pele existente na mama, quantificada através da ptose existente, frequentemente exagerada, dificultando nestes casos a aplicação de técnicas com cicatrizes menores como a periareolar, vertical e “L”. As cicatrizes finais, na maioria dos casos, são em “T invertido”.

A cirurgia plástica para Gigantomastia vai além da estética, proporcionando melhorias tanto mantais quanto físicas. Se você está sofrendo desconforto físico ou emocional devido ao tamanho das mamas, a cirurgia plástica redutora pode ser uma opção transformadora em direção ao bem-estar e à confiança.

Lembre-se sempre de se consultar um cirurgião plástico experiente para discutir suas opções e expectativas em relação à Gigantomastia. Este procedimento pode proporcionar uma transformação significativa, mas é importante estar bem informado antes de tomar uma decisão.

Neste texto, abordamos somente algumas das principais curiosidades a respeito da Gigantomastia. Se você está considerando realizar esse sonho e deseja discutir suas opções ou obter uma avaliação personalizada, estamos aqui para ajudá-lo. Nossa equipe de cirurgia plástica está comprometida em fornecer cuidados de alta qualidade e resultados especializados.


Dr Vitor Nunes

Cirurgião Plástico
RQE 92622
CRM 178767 SP
(11) 98425-6912
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