Com o envelhecimento, observando a pele, é comum notar o aparecimento de manchas, rugas, pintas e outras marcas. No entanto, algumas inflamações ou caroços mais volumosos podem causar preocupações quando surgem. É o caso do Lipoma, que não tem uma causa ou sintoma definido, mas costuma surgir na meia-idade.
Já ouviu falar em Lipoma? Tem curiosidades sobre o tema? Leia o artigo abaixo e saiba mais sobre o assunto.
Lipoma, o que é?
Lipoma é um tumor subcutâneo benigno que pode surgir na pele, cabeça, pescoço, tronco, membros etc. Esse tipo de tumor é mais comum nos adultos do sexo feminino. Não tem predileção por idade, mas é raro em crianças e adolescentes, e se torna mais comum a partir dos 40 anos de idade. É constituído por células de gordura, também chamadas de células adiposas. Esse tipo de tumor se destaca do tecido gorduroso ao seu redor por ser revestido por uma cápsula fibrosa.
Trata-se, basicamente, de uma “bolinha” formada por uma película fibrosa que em seu interior possui células de gordura e outros detritos de atividade do organismo. Essa bolinha pode ser sentida ao se apalpar o corpo e costuma ser pequena, com alguns centímetros. No entanto, existem alguns lipomas que são grandes e podem atrapalhar consideravelmente a qualidade de vida do paciente, requerendo tratamento.
Quais as características de um Lipoma?
Os Lipomas costumam crescer no tecido subcutâneo, ou seja, logo abaixo da pele, formando um “caroço” arredondado, podendo ser visível e palpável. Apesar de não ser comum, os Lipomas também podem acometer tecidos mais profundos, como músculos, nervos, órgãos internos ou na cavidade abdominal.
Na maioria das vezes, os Lipomas costumam aparecer isoladamente, só são múltiplos em 5% dos casos. Têm crescimento lento e seu diâmetro pode variar de 2 a 3cm ― em casos raros, podem chegar a medir mais de 10cm.
As características mais comuns de um Lipoma são: seu formato é arredondado, elástico e tem bordas regulares. Com isso, diferencia-se do Lipossarcoma, tumor maligno de bordas assimétricas e crescimento veloz.
Na maioria dos casos, o Lipoma é totalmente assintomático e não necessita de nenhum tratamento, a não ser que ele seja esteticamente incômodo ou provoque dor. Dependendo de seu tamanho e localização, pode causar dores, pois seu crescimento pode pressionar uma estrutura vizinha. É importante ressaltar que o Lipoma não é câncer nem vira câncer.
Quais as causas do Lipoma?
A causa do surgimento dos Lipomas ainda não é bem esclarecida, porém sabe-se que é formado a partir do crescimento excessivo de células adiposas normais, que se acumulam e se agrupam em um “caroço”. Estudos relacionam o aparecimento dos Lipomas a fatores hereditários e genéticos.
Não há uma relação direta entre ter mais gordura no corpo e o risco de desenvolver lipomas. Alguns estudos sugerem um maior risco de surgimento do lipoma quando o indivíduo magro ganha peso subitamente.
A ocorrência de Lipomas está associada a algumas doenças raras, como Adipose dolorosa (doença de Dercum), doença de Madelung, síndrome de Cowden ou síndrome de Gardner. Nesses casos é comum o paciente ter vários lipomas pelo corpo.
Como é feito o diagnóstico do Lipoma?
O diagnóstico do Lipoma, na maioria das vezes, é clínico, principalmente nos casos de lipoma subcutâneo típico. Apenas a palpação da tumoração é suficiente para definir que a lesão é um lipoma. Na maioria dos casos, o lipoma é uma pequena protuberância arredondada que surge por baixo da pele. A maior parte dos lipomas mede de 1 a 3 cm, mas alguns deles podem chegar até mais de 10 cm de diâmetro.
No entanto, quando a massa é dura, pouco móvel, dolorosa, ou se ela tiver qualquer outra característica incomum, é indicado solicitar um exame complementar para diagnóstico, como uma ultrassonografia, ressonância magnética ou uma biópsia da lesão para ter certeza que é uma tumoração benigna.
Qual o tratamento para o Lipoma?
De acordo com as características descritas acima, como o lipoma costuma ser uma massa pequena e indolor, ele não precisa de tratamento na grande maioria dos casos. Lipomas pequenos podem desaparecer espontaneamente, mas o que ocorre mais frequentemente é um lipoma permanecer inalterado durante anos. Além disso, não há risco desse tumor se tornar maligno.
A cirurgia para remoção é uma opção de tratamento nos raros casos em que o lipoma cresce demais, dói ou se localizada em pontos esteticamente indesejáveis, como na face, por exemplo. Além disso, é indicado retirar o Lipoma quando pressiona um nervo ou estrutura, causando dor intensa ou limitação funcional e quando há dúvidas quanto ao seu caráter benigno ou ele apresenta características atípicas.
No entanto, o tratamento para sua eliminação pode variar entre lipoaspiração, injeção de esteroides e extração cirúrgica. A extração cirúrgica para o Lipoma é o método mais comum. Se a cápsula fibrosa for retirada, excluem-se as chances de recorrência. Esse tipo de procedimento é feito com anestesia local e não necessita de internação hospitalar, no entanto deixa uma pequena cicatriz. Além da cirurgia definitiva, a aspiração com agulha também pode ser utilizada.
Quais os riscos após a remoção do Lipoma?
Os efeitos colaterais da cirurgia incluem a formação de cicatriz ou de hematoma. Quando o lipoma se encontra em áreas mais sensíveis, o ideal é que a retirada seja feita por um cirurgião plástico, que é o especialista mais treinado para realizar cirurgias com incisões menores que provocam cicatrizes mais discretas.
Dentre as complicações possíveis após retirada do Lipoma, podem ser citadas o acúmulo de líquido (seroma) e a dor no local da cirurgia. Entretanto, quando a indicação da cirurgia é precisa, a técnica cirúrgica é bem executada, em um local adequado, os cuidados pré e pós-operatórios são seguidos corretamente, essas complicações são muito mínimas.
É importante lembrar que o resultado de procedimentos cirúrgicos é dinâmico a curto e longo prazo e depende de uma colaboração do indivíduo no pós-operatório, por essa razão, as visitas de seguimento da cirurgia são importantes. A cirurgia plástica pode melhorar aspectos do corpo e da vida. Dessa maneira, a escolha de um cirurgião no qual confia para realização de uma cirurgia plástica, mesmo que “pequena” é imprescindível.
Todas essas informações supracitadas não substituem uma consulta, pelo contrário, cada caso deve ser avaliado individualmente, pois cada pessoa é única e precisa de um olhar ímpar. Diante de um quadro que cause incômodo, procure um médico cirurgião plástico, agende sua consulta e passe em avaliação especializada.
Lembre-se sempre de se consultar um cirurgião plástico experiente para discutir suas opções e expectativas em relação ao Lipoma e seus tratamentos. Este procedimento pode proporcionar uma transformação significativa, mas é importante estar bem informado antes de tomar uma decisão.
Neste artigo, abordamos somente algumas das principais curiosidades a respeito do Lipoma. Se você está considerando realizar esse sonho e deseja discutir suas opções ou obter uma avaliação personalizada, estamos aqui para ajudá-lo. Nossa equipe de cirurgia plástica está comprometida em fornecer cuidados de alta qualidade e resultados especializados.