A busca por profissionais cirurgiões plásticos pela população com o desejo de mudar algo em seu corpo vem aumentando atualmente. Porém, não são todas as pessoas que tem indicações para cirurgia plástica, e isso só poderá ser melhor definido, em uma consulta individualizada com seu médico, onde ele irá avaliar todo o seu perfil e estado de saúde. A cirurgia plástica estética objetiva melhorar a aparência, corrigindo imperfeições ou melhorando formas e contornos de alguma parte do corpo.
Submeter-se a uma cirurgia plástica envolve muitas escolhas. O ponto de partida mais importante é a percepção pelo paciente do seu desejo e a mudança que isso fará na sua vida. Recomenda-se realizar uma cirurgia plástica quando o incômodo com tal situação passa a privar a pessoa de realizar tarefas cotidianas, as quais realizaria normalmente se não existisse. Isso é crucial. Junto a isso, é preciso também, que se tenha alguma queixa objetiva e certificar se a mesma tenha indicação cirúrgica junto a um profissional qualificado.
Entretanto, a percepção de um defeito ou falha na aparência física pode contribuir para o desenvolvimento de um transtorno mental em indivíduos que apresentam vulnerabilidade. Isto ocorre quando não apenas a insatisfação corporal está presente, mas também o distúrbio da imagem corporal. Assim, uma preocupação excessiva com a aparência pode esconder traços psicológicos que nem sempre são fáceis de reconhecer, podendo envolver, se negligenciada, consequências mais graves.
Nesse contexto, o Transtorno Dismórico Corporal (TDC) é uma das condições psiquiátricas mais comuns encontradas em pacientes que procuram a Cirurgia Plástica. Apesar de ser um transtorno mental comum, seus sintomas são ainda de difícil reconhecimento na prática médica. Com o crescimento do número de indivíduos que buscam a cirurgia estética, a identificação do TDC será feita, em sua maioria, por cirurgiões plásticos e não por psiquiatras.
Um dos fatores que contribuem para o aumento da incidência da Dismorfia Corporal são as Redes Sociais. No mundo da tecnologia, o ato de comparar seu corpo com o de outras pessoas de forma repetitiva e autocrítica inclui-se em um dos sintomas. A edição da “imagem perfeita” que é postada nas Redes Sociais pode ser nocivo para pessoas mais vulneráveis, que podem acreditar que, se eles não forem de um certo jeito, eles são “feios”.
O que é Dismorfia Corporal?
A palavra dismorfia é de origem grega e significa “fealdade”. Esse termo se refere a pacientes que apresentam uma aparência normal e se acha defeituoso em algum lugar do corpo, refere excessiva preocupação com defeitos corporais mínimos ou por defeitos imaginários.
O Transtorno Dismórfico Corporal, ou TDC, é uma condição que afeta a autoestima da pessoa, o que consequentemente abala as relações sociais, interpessoais, profissionais e familiares.
Em graus mais avançados, o dismorfismo corporal pode desencadear episódios de depressão e ansiedade. Além de ser bem comum encontrar essa condição em pacientes com anorexia nervosa e bulimia.
A maioria dos pacientes com Dismorfia Corporal buscam inicialmente cirurgiões plásticos ou dermatologistas, com o defeito percebido em sua aparência e não acredita que se trata de um transtorno mental.
Quais os sintomas da Dismorfia Corporal?
Existem alguns sintomas comuns em pessoas que apresentam Dismorfia Corporal como, por exemplo, uma obsessão tão grande pela imagem que afeta a vida pessoal e profissional da paciente, a prejudicando de diversas formas.
Dentre os sintomas mais comuns de distorção de imagem estão a preocupação obsessiva com um ou mais defeitos, muitas vezes imperceptíveis; é comum um comportamento obsessivo com a imagem como, por exemplo, olhar demais no espelho, apontar defeitos, se comparar a outras pessoas; a obsessão causa prejuízo em áreas sociais, profissionais e interpessoais; a preocupação não se limita ao peso ou tamanho da pessoa, mas entre outros aspectos da vida.
A preocupação excessiva com leves anomalias físicas, insatisfação com a silhueta corporal, com uma pequena cicatriz ou com um pequeno defeito corporal mínimo.
A maioria das pessoas com Dismorfia Corporal valoriza um defeito mínimo, acreditando que vão ser rejeitado, por isto evitam a companhia de outras pessoas tornando-se isolados. Em geral tentam buscar a solução na cirurgia plástica e o problema agrava mais ainda porque se tornam insatisfeitos com tais cirurgias por que exigem uma grande perfeição do cirurgião.
Como fazer o diagnóstico da Dismorfia Corporal?
O diagnóstico do dismorfismo corporal deve ser feito através do acompanhamento psicológico e psiquiátrico, utilizando o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM 5). É de extrema importância ressaltar que, assim como qualquer outro transtorno psicopatológico, deve ser diagnosticado e acompanhado por um profissional da área.
Entretanto, não é incomum que pessoas que possuem Dismorfia Corporal sejam notadas por profissionais de outras áreas, como dermatologia e cirurgia plástica. Isso acontece porque esses pacientes, obcecados por suas imagens, tendem a procurar esses profissionais com certa frequência.
Qual o tratamento para a Dismorfia Corporal?
O tratamento da Dismorfia Corporal mais comum é a Terapia Cognitiva-Comportamental. As estratégias usadas neste tratamento incluem o automonitoramento dos pensamentos e comportamentos em relação à sua aparência, técnicas cognitivas e exercícios comportamentais.
A cirurgia plástica é uma ótima opção para corrigir imperfeições. Entretanto, para as pessoas com Dismorfia Corporal pode não ser uma aliada. Isso acontece porque, pela distorção da autoimagem e a característica crítica da pessoa com Dismorfia Corporal, ela pode cair em um looping eterno de cirurgias e mais cirurgias, até atingir uma “perfeição” que nunca chega.
Essa dependência pela perfeição que Dismorfia Corporal causa no paciente, faz com que ele nunca esteja satisfeito com sua imagem, e mesmo após realizar a cirurgia em algo que o incomoda, ele pode encontrar mais e mais defeitos.
Nesse contexto, a Dismorfia Corporal deve ser tratada com seriedade, em todos os casos. Antes de se decidir qual cirurgia plástica fazer, é essencial que se tenha em mente que a decisão é pessoal. O desejo de realizar a cirurgia tem que partir do próprio paciente, não de terceiros. Durante a consulta, em conjunto com o médico é possível decidir se a cirurgia proposta alcançará suas metas e se as complicações e riscos cirúrgicos são aceitáveis.
A cirurgia plástica, seja reparadora ou estética, visa o bem-estar dos pacientes. Ao decidir pela realização de uma cirurgia o paciente deve buscar profissionais qualificados, portanto, não tenha vergonha de conversar e questionar, o médico precisa saber de tudo para te orientar e te deixar mais seguro (a). Depois de esclarecer todas as duas dúvidas, é possível tomar uma decisão mais assertiva sobre o procedimento, minimizando os riscos.
Procure um médico cirurgião plástico, agende sua consulta e passe em uma avaliação especializada.