Tem vontade de tirar aquelas gordurinhas em excesso, mas tem medo? Saiba mais sobre os riscos da Lipoaspiração!
A lipoaspiração é uma das cirurgias mais procuradas e realizadas dentro da cirurgia plástica, entretanto, muitos pacientes apresentam receios devido à alguns acontecimentos que são mostrados nas mídias sociais. Porém, é necessário entender melhor sobre os verdadeiros riscos e o que fazer para minimizar ao máximo a probabilidade de ocorrência.
Apesar dos comentários, e de não ser isento de complicações, visto que é um procedimento invasivo, a lipoaspiração em si é um procedimento muito seguro quando realizado em um ambiente preparado, por um profissional apto e capacitado, e com a melhor técnica indicada para o paciente. Assim, as complicações como, hematomas, infecções, trombose venosa profunda, perfuração de órgãos, entre outros, são raras de ocorrerem.
Há também alguns outros fatores que são intrínsecos ao ato cirúrgico e que podem aumentar ou diminuir os riscos como, por exemplo, a quantidade de gordura a ser aspirada e o local de retirada. Assim, em relação à quantidade de gordura a ser extraída, deve-se frisar que o máximo recomendado a ser retirado é de até 7% do peso corporal total ou até 40% da superfície corporal total. Já em relação à localização, o abdome é um dos locais que apresenta maior risco, pois tem relação com inúmeros órgãos vitais.
Além disso, é de extrema importância que seja realizada uma avaliação completa e individualizada do paciente, buscando desde dados físicos até doenças pré-existentes, abordando a pessoa como um todo, com o objetivo de entender melhor seu funcionamento e visar a melhor indicação para ela em específico, pesando os riscos e benefícios.
Portanto, como dito, sempre há riscos, mas o importante é fazer tudo que está ao alcance para minimizá-los e assim, garantir a maior segurança, conforto e eficácia ao paciente. Abaixo estão descritos alguns dos riscos da Lipoaspiração.
– Hematomas
O hematoma é uma das principais complicações associadas à lipoaspiração. Consiste no surgimento de manchas arroxeadas na pele próximo à região manipulada devido ao extravasamento de sangue no local por ruptura de alguns vasos. Embora seja comum, não é grave.
Com o decorrer dos dias, o hematoma tende a ir alterando de cor, o que corresponde ao próprio processo de cura e, em geral, desaparece por completo em até 2 semanas.
Não precisam de tratamento, pois apresentam um curso autolimitado. Entretanto, alguns cuidados podem ser feitos com o objetivo de acelerar a recuperação do tecido como por exemplo, compressa quente e algumas pomadas orientadas pelo seu médico.
– Flacidez
Em determinados casos, há um acúmulo importante de gordura em algumas regiões, principalmente abdome e coxas, o qual causa um estiramento da pele com o decorrer do tempo. Assim, após a lipoaspiração e retirada de todo o tecido adiposo em excesso, a pele que havia sido esticada, fica como sobra, o que gera a flacidez nesses casos.
Na maioria das vezes, é possível prever essa complicação, e, portanto, pode-se realizar já em conjunto durante a mesma cirurgia, um outro procedimento para a retirada do excesso de pele também, além da gordura. Entretanto, quando há flacidez, mas não tão importante, há alguns procedimentos que não são tão invasivos e podem ser eficazes, como por exemplo, a radiofrequência. Portanto, cada caso é único e deve ser avaliado como tal, para saber quais as melhores indicações.
– Seroma
O seroma é uma outra complicação decorrente das cirurgias, e, portanto, da lipoaspiração também. Consiste no acúmulo de líquido abaixo da pele, e em geral, próximo da cicatriz cirúrgica.
Os sinais de seroma costumam surgir, principalmente, em um período crítico de até 15 dias após o procedimento e podem ser evidenciados através do abaulamento da região com saída de líquido claro ou transparente. Além disso, pode haver sinais de inflamação associados também como, dor, rubor, edema e calor.
Algumas orientações são dadas para prevenir e evitar a formação do seroma como, uso de cintas compressivas (auxiliam na aderência entre os tecidos e uma melhor cicatrização), drenagem linfática, higienização adequada da cicatriz cirúrgica, evitar esforço físico, entre outros. O uso de drenos no pós-cirúrgico também pode auxiliar na eliminação do líquido causador do seroma.
– Infecção, sepse e necrose
A infecção é uma complicação relativamente comum, pois durante o procedimento de lipoaspiração é feita uma incisão na pele, fazendo com que o meio interno (estéril) entre em contato com microorganismos presentes no meio externo, possibilitando a entrada destes e portanto, uma contaminação. Por isso, quanto mais limpo e higienizado for o ambiente e o procedimento, os riscos de infecção e suas respectivas complicações são minimizados.
Após a cirurgia, os pacientes são orientados quanto aos possíveis sinais e sintomas que podem surgir e que sugerem infecção como, edema, calor, vermelhidão, dor, odor fétido e saída de secreção purulenta. Quando houver esses sinais, o paciente deve buscar ajuda para fazer o tratamento adequado com antibioticoterapia, drenagem se necessário e cuidados gerais, evitando assim, sua progressão para um quadro mais grave. Entretanto, quando não tratada ou não tratada da forma adequada, a infecção local pode se disseminar pela corrente sanguínea, se tornando sistêmica, ou seja, evolução para sepse.
Por fim, pode ocorrer uma outra complicação bem menos comum, que é a necrose local, e ocorre devido a morte celular do local infectado.
– Alteração da sensibilidade
A lipoaspiração é realizada por uma técnica a partir da sucção (aspiração) da gordura por uma cânula em movimentos de vai e vem. Durante o procedimento, a cânula pode atingir algum nervo superficial e causar lesão neste, e por isso, pode haver o surgimento da sensação de formigamento e/ou perda de sensibilidade da pele. Essa alteração pode perdurar por pouco tempo devido à própria regeneração do nervo, ou pode se prolongar por um período mais longo.
– Perfuração de órgãos
A perfuração de órgãos é uma das complicações relativamente incomuns, entretanto, quando ocorre é muito grave, apresentando um elevado índice de morbimortalidade (maior que 50%) e por isso, é a complicação mais comentada pelas mídias sociais e portanto, a mais temida quando relacionada à lipoaspiração.
Alguns fatores elevam o índice de probabilidade de ocorrência, e são eles:
- Realização em clínicas sem os recursos necessários;
- Profissionais não capacitados para o procedimento de lipoaspiração;
- Pacientes com pouca quantidade de gordura a ser retirada na lipoaspiração;
- Pacientes submetidos à cirurgias abdominais prévias, como hérnias incisionais e especialmente as que tiveram uso de drenos e infecção no pós-operatório;
- Pacientes com hérnias abdominais não diagnosticadas durante a avaliação inicial;
- Pacientes submetidos à videolaparoscopia abdominal prévia.
A questão de ser realizada em local seguro e por um profissional apto, são fatores de extrema relevância, visto que em toda cirurgia pode ocorrer intercorrências, mas quando esses fatores estão presentes, a complicação pode ser rapidamente solucionada, reduzindo o risco de óbito durante ou após o procedimento.
– Trombose venosa profunda e Tromboembolismo pulmonar
A trombose venosa profunda é uma complicação pouco frequente, mas que pode causar grande morbidade. Em geral, após o procedimento, algumas orientações são fornecidas e devem ser seguidas durante pós-operatório, sendo o repouso uma delas. Entretanto, o repouso deve ser relativo e não absoluto, visto que quando este último é realizado por muito tempo pode predispor ao acúmulo de sangue e formação de coágulos, principalmente nas pernas, que causam obstrução da veia e portanto, trombose venosa profunda.
Sendo assim, além da dica de repouso relativo, orienta-se também que sejam feitas movimentação dos pés no leito, deambulação precoce, meias elásticas e de compressão graduada, para que haja uma circulação adequada, sem grandes repercussões no pós-operatório.
Entretanto, durante as primeiras 24 horas, em que o repouso é mais crítico, o médico pode prescrever, a depender do caso, um anticoagulante (ex.: heparina), que auxilia no processo de evitar e diminuir o risco de formação de coágulos, porém esse é mais utilizado em pacientes que apresentam um risco mais elevado.
Alguns fatores de risco podem predispor a formação de coágulos com maior facilidade:
- Obesidade (IMC > 30);
- Diabetes;
- Idade > 60 anos;
- Tabagismo;
- Varizes;
- História prévia de trombose venosa profunda;
- História familiar de trombose venosa profunda;
- Repouso absoluto e imobilização;
- Uso de anticoncepcionais;
- Neoplasias;
- Gravidez;
- Fatores genéticos;
Entre outros.
Os sinais e sintomas característicos de trombose venosa profunda que devem servir de alerta para a procura médica são: edema em membros inferiores, rubor, dor e calor, principalmente.
Se não tratado de forma adequada, o trombo formado no membro inferior, pode se desprender, se tornar um êmbolo, e através da corrente sanguínea, atingir os pulmões e obstruir algum vaso, causando o tromboembolismo pulmonar.
– Hemorragia
Outra complicação que pode ocorrer durante o procedimento da lipoaspiração é a hemorragia, caracterizada por uma grande perda de sangue, que leva a repercussões sistêmicas, como o choque hipovolêmico, pois não haverá sangue suficiente para oxigenar os órgãos nobres, reduzindo a funcionalidade destes, e sendo de grande risco para o paciente.
– Óbito
As principais causas de óbito estão relacionadas à algumas das complicações já citadas acima como, tromboembolismo pulmonar, perfuração de órgãos e anestesia. E atualmente sabe-se que essas complicações fatais têm sido associadas ao excesso de fluidos e anestésicos locais, excesso de remoção de gordura (> 7% do peso corporal total em relação ao volume aspirado ou > 40% da superfície corporal total em relação a superfície corporal aspirada), múltiplos procedimentos associados, tempo cirúrgico e antecedentes patológicos.
Entretanto, o principal fator associado a maioria dos casos de óbito (> 70%) são devido a procedimentos realizados em locais inadequados e por profissionais sem capacitação e certificação para tal. Por isso, deve-se sempre se reforçar a importância de uma consulta individualizada com um profissional cirurgião plástico apto para a lipoaspiração.
Lembre-se sempre de se consultar um cirurgião plástico experiente para discutir suas opções e expectativas em relação à Lipoaspiração. Este procedimento pode proporcionar uma transformação significativa, mas é importante estar bem informado antes de tomar uma decisão.
Neste artigo, abordamos somente alguns dos principais riscos a respeito da cirurgia plástica de Lipoaspiração. Se você está considerando realizar esse sonho e deseja discutir suas opções ou obter uma avaliação personalizada, estamos aqui para ajudá-lo. Nossa equipe de cirurgia plástica está comprometida em fornecer cuidados de alta qualidade e resultados especializados.
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