Ao falar em cirurgia plástica, nos vem à cabeça procedimentos complexos e arriscados que envolvem repouso e cuidados intensos. Entretanto, uma parte considerável dos procedimentos realizados diariamente são de baixa complexidade, as “pequenas cirurgias”. Tem curiosidades sobre o assunto? Quer saber do que se trata as Pequenas Cirurgias Plásticas?
As pequenas cirurgias, também chamadas de cirurgias ambulatoriais, têm esse nome porque normalmente a lesão, tumor ou outro tipo de conteúdo a ser operado é pequeno. Se tratam de procedimentos de baixa complexidade que podem ser realizados ambulatorialmente, com anestésico local, sem necessidade de internação, e o paciente pode voltar à sua rotina normal antes do que o normal para procedimentos mais complexos.
Essas cirurgias costumam ser reparadoras, para correção de pequenas falhas e incômodos físicos e estéticos do paciente. São incluídas, por exemplo, as lesões de pele benignas, como pintas, verrugas, cistos, lipomas, e as malignas, os tumores de pele. Saiba mais sobre o assunto lendo o artigo abaixo.
O que são Pequenas Cirurgias?
As pequenas cirurgias, também chamadas de cirurgias ambulatoriais, são procedimentos que envolvem uma menor complexidade. Devido a isso, podem ser realizados apenas sob anestesia local e sem a necessidade de internação. Essas cirurgias são aquelas em que o grau de traumatismo é pequeno, ocasionando poucas repercussões sistêmicas. Desta forma, a probabilidade de complicações graves é menor e a recuperação tende a ser rápida.
A maioria das pequenas cirurgias duram em média uma hora, e o paciente apenas fica em observação após o procedimento e depois é liberado para casa. Por ser um procedimento mais simples, no pós-operatório não há tantas restrições. O retorno às atividades rotineiras é bem rápido e os pontos podem ser retirados de 6 a 14 dias após o operatório. Apesar da praticidade, é importante frisar sobre os cuidados gerais com a cicatriz, bem como seguir todas as recomendações médicas.
Quando as Pequenas Cirurgias são indicadas?
Devido sua finalidade, podem ser denominadas “Pequenas Cirurgias Plásticas” e têm objetivo estético, reparador, terapêutico ou diagnóstico. Os motivos que levam os pacientes à procura da realização de uma pequena cirurgia são vários, dentre eles a correção de pequenas cicatrizes, retirada de lesões de pele (biópsia, sinais), tratamento de feridas de menor grau e correção de outros problemas, como unha encravada.
Muitas vezes, os pacientes são encaminhados de outros profissionais, como dermatologistas, ginecologistas ou cirurgiões gerais, ao cirurgião plástico. Por vezes, é necessário, em algumas lesões maiores, fazer enxertos de retalhos de pele.
É fundamental esclarecer que, mesmo que as pequenas cirurgias sejam de menor complexidade, é necessário passar por um médico especialista antes. Assim, ele poderá avaliar a lesão ou ferida e decidir pelo melhor procedimento para a retirada.
Quais são as Pequenas Cirurgias?
Existem inúmeras pequenas cirurgias das mais diversas finalidades. Abaixo estão alguns exemplos:
- Remoção de lesões cutâneas (“pintas”, cistos);
- Remoção de tumores de pele;
- Correção de pequenas cicatrizes;
- Eletrocoagulação de verrugas;
- Biópsia de lesões;
- Exérese (retirada) de lipoma;
- Debridamento de feridas;
- Cantoplastia (correção de unha encravada);
- Lobuloplastia (Correção de fenda do lóbulo da orelha);
Apesar de ser um procedimento considerado simples, para realizar uma pequena cirurgia é necessário passar em consulta com o médico especialista para decisão do tratamento. O cirurgião plástico decidirá em conjunto com o paciente qual a melhor intervenção para resolver o problema, levando em consideração qual tipo de anestesia será empregado, qual a melhor incisão, quais instrumentos e fios serão necessários e quais os riscos do tratamento proposto.
Quais as finalidades das Pequenas Cirurgias?
As pequenas cirurgias podem ter diversas finalidades, dentre elas algumas abaixo:
- Retirada de pequenas lesões: quando o objetivo é a remoção de tecido lesionado e este é encaminhado para exame anatomopatológico. Depois, é feito o fechamento primário (por meio de retalhos locais ou pequenos enxertos).
- Correção de pequenas cicatrizes: muito comum nos casos que há uma cicatriz alargada ou retraída, cicatrizes hipertróficas menores ou queloides. É feita a remoção da cicatriz e fechamentos, ressecções seriadas, ressecção intralesional, Z-plastia (zetaplastia) ou W-plastia.
- Correção de outros defeitos: os mais comuns são a unha encravada, correção do lóbulo da orelha e a fimose. Os procedimentos consistem em lobuloplastia (correção de lóbulo de orelha), cantoplastia (correção cirúrgica da unha encravada), postectomia ou circuncisão (retirada de pele do prepúcio).
- Tratamento de feridas menores: são pequenas lesões traumáticas, queimaduras, aberturas de pontos de cirurgias anteriores, abscessos ou hematomas menores. Os procedimentos consistem em sutura da lesão, desbridamento e curativos com medicação tópica, correção de pequenas deiscências e drenagem de coleções.
Como as Pequenas Cirurgias são realizadas?
As pequenas cirurgias geralmente são rápidas e realizadas com anestésicos loco-regionais, como a anestesia local por infiltração no sítio cirúrgico ou bloqueios de nervos regionais. Também não requerem internação, sendo realizadas em regime de hospital-dia, onde o paciente fica algumas horas em observação, ou ambulatorial, onde o paciente vai embora imediatamente após o término da cirurgia.
A sedação é indicada apenas para pessoas muito ansiosas, que apresentam fobia ou que não são capazes de colaborar com o cirurgião.
Como é o pós-operatório das Pequenas Cirurgias?
Os pontos são retirados entre cinco e sete dias. Geralmente há um edema que, a partir de 72 horas, começa a diminuir progressivamente. Equimoses (manchas roxas) são frequentes, mas autolimitadas.
Normalmente, durante o primeiro mês após uma pequena cirurgia, o paciente apresenta notável melhora do inchaço local, quando então passa a notar endurecimento na área operada decorrente da cicatrização interna. Este endurecimento melhora progressivamente durante o segundo e terceiro meses, época na qual ocorre uma maior retração da pele.
Um dos grandes diferenciais das pequenas cirurgias é o rápido retorno às atividades habituais. A atividade física é permitida, dependendo do local da cirurgia, e a maioria das práticas podem ser retomadas no dia seguinte.
As orientações do curativo e cuidados com a ferida operatória são feitas imediatamente após a cirurgia e dependerá do tipo de lesão e área operada. Junto a essas recomendações, orienta-se proteger a cicatriz de exposição solar direta por 2 meses. Os pontos são removidos geralmente após 7 a 10 dias.
Além dessas, outras recomendações como evitar realizar esforço físico no local operado, higienizar o local e seguir todas as instruções do seu médico são primordiais para uma boa recuperação.
Qual anestesia utilizada na Pequena Cirurgia?
Geralmente utiliza-se anestesia local, pois a mesma consegue atender os procedimentos que ocorrem em regiões específicas do corpo ou de pequena extensão. Essas anestesias não levam a perda de consciência do paciente. Em alguns casos pode ser raquianestesia, anestesia peridural ou geral.
Como ficam as cicatrizes das Pequenas Cirurgias?
O processo de cicatrização das pequenas cirurgias dependerá de várias condições, como os fatores genéticos do paciente, a idade da pessoa, histórico de cicatrizações, local do procedimento e se ele seguiu as instruções pré e pós-operatórias corretamente. Caso esses aspectos sejam favoráveis, são altas as chances de a cicatriz ficar com uma boa aparência.
Outras orientações importantes para uma boa cicatrização são: o paciente deve evitar se expor ao sol por pelo menos dois meses depois da cirurgia, não fazer o consumo de comidas gordurosas e sempre realizar a higiene do local operado.
Complicações
Apesar de ser considerada uma pequena cirurgia, os cuidados devem ser tomados assim como em outros tipos de cirurgias. O pré-operatório se faz necessário; uma avaliação do médico é essencial, dando ao paciente respostas para suas dúvidas e enfocando suas necessidades próprias para que o procedimento transcorra com tranquilidade.
Dentre as complicações possíveis podem ser descritas o acúmulo de líquido (seroma) e a dor no local da cirurgia. Entre as complicações incomuns estão o acúmulo de sangue (hematoma), infecção e volta da lesão ou tumor. Entretanto, quando a indicação da cirurgia é precisa e a técnica cirúrgica é bem executada, os cuidados pré e pós-operatórios são seguidos corretamente, essas complicações são muito raras.
Embora este artigo forneça informações esclarecedoras sobre as Pequenas Cirurgias como alternativa à Cirurgia Plástica, a decisão sobre qual procedimento realizar deve ser tomada em conjunto com um cirurgião de confiança.
Todas as informações aqui citadas não substituem a consulta médica, onde o profissional explicará detalhadamente cada aspecto do procedimento, esclarecendo dúvidas específicas. Recomenda-se procurar um médico cirurgião plástico, agendar uma consulta e passar por uma avaliação especializada.